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‘Eu fui muito otário’, diz ex-ministro Weintraub após Bolsonaro chamar apoiadores do golpe de ‘malucos’

11 jun 2025 - 14:55

Redação Em Dia ES

Com G1

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Ex-presidente negou, durante interrogatório no STF, ter apoiado pedidos de intervenção militar
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, em abril de 2019. Foto: Adriano Machado/Reuters/Arquivo

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub, que comandou a pasta no governo Jair Bolsonaro, reagiu com irritação nesta quarta-feira (11) a declarações dadas pelo ex-presidente, durante o interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Eu fui muito OTÁRIO!!!!!”, escreveu Weintraub em uma rede social.

Foto: Reprodução

Na postagem, Weintraub compartilhou o trecho em que Bolsonaro, ao ser interrogado pela Primeira Turma do STF no inquérito da trama golpista, chamou de “malucos” os brasileiros que pedem intervenção militar.

Em outro post, o ex-ministro da Educação também criticou o fato de Bolsonaro ter pedido desculpas ao ministro Alexandre de Moraes durante o depoimento.

“Eu NUNCA pedi desculpas a eles! Eu NUNCA neguei o que falei deles!”, disse Weintraub, compartilhando o print de uma outra reportagem sobre o assunto.

Abraham Weintraub é um economista e ex-professor, que chefiou a pasta da Educação entre 2019 e 2020.

Interrogatório no Supremo
Bolsonaro deu a declaração durante interrogatório na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), nessa terça-feira (10). Ele foi o sexto réu a prestar depoimento no processo penal sobre tentativa de golpe de Estado.

Questionado pela Procuradoria-Geral da República, o ex-presidente negou ter incentivado qualquer movimentação antidemocrática em 8 de janeiro de 2023, e afirmou que, mesmo sem aval dele, existem “malucos” que pedem por um novo AI-5, uma intervenção militar no país.

O AI-5 (Ato Institucional nº 5) foi um decreto promulgado em 13 de dezembro de 1968 durante a ditadura militar no Brasil, considerado o ato mais duro e que recrudesceu os atos de repressão política, já em vigor durante a ditadura militar (1964-1985).

“Tem os malucos que ficam com essa ideia de AI-5, de intervenção militar das Forças Armadas… que os chefes das Forças Armadas jamais iam embarcar nessa só porque o pessoal estava pedindo ali”, afirmou o ex-presidente.

“Nós repudiamos tudo isso aí. Com todo respeito, doutor Paulo Gonet, não procede que eu colaborei com o 8 de janeiro. Não tem nada meu ali, estimulando aquela baderna que nós repudiamos”, afirmou o ex-presidente.

Durante manifestações a favor do ex-presidente após o resultado das urnas, brasileiros foram às ruas com faixas pedindo por intervenção militar com Bolsonaro à frente do governo.

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Atualizado: 11/06/2025 17:18

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